TERAPIA DE CASAL
- felipe90136
- 9 de abr
- 2 min de leitura
Atualizado: 13 de mai
Terapia de casal: um espaço para construir, não só para consertar.
Quando falamos em terapia de casal, muita gente imagina um último recurso. A famosa “tentativa final antes do divórcio”. Mas essa ideia está ultrapassada. A terapia não precisa ser um último socorro — ela pode ser uma ferramenta poderosa de fortalecimento do vínculo conjugal.
A verdade é que muitos conflitos entre casais não têm a ver, exatamente, com o que está acontecendo no presente… mas sim com o que cada um trouxe do passado. A briga não é sobre a louça, o dinheiro ou o tempo juntos - é sobre a ferida que aquele gesto toca sem querer. Histórias não resolvidas, traumas emocionais, inseguranças profundas e formas distorcidas de amar e ser amado podem culminar com o fim da relação quando não olhadas com consciência.
Pessoas que passaram por rejeição, abandono, críticas constantes, relações instáveis ou falta de afeto na infância podem desenvolver padrões emocionais que afetam diretamente seus vínculos na vida adulta. Elas podem ter medo de se entregar, dificuldade em confiar, necessidade de controle, carência excessiva ou evitar intimidade.
Na relação amorosa, esses padrões se ativam com força. O parceiro se torna um gatilho.
Uma palavra que parece inofensiva vira ataque. Um silêncio vira rejeição. Um conflito vira ameaça de abandono.
É aí que a terapia de casal entra como uma ponte. Ela permite que o casal saia do lugar da acusação. Ajuda a reconhecer os padrões de cada um, a entender de onde vêm essas reações, e a criar um novo jeito de se relacionar — mais consciente, mais seguro, mais respeitoso.
Além disso, a terapia oferece um espaço neutro, mediado por um profissional, onde os dois podem falar e ouvir com menos defesas e mais escuta. Esse setting terapêutio faz toda a diferença.
A terapia é bem-vinda tanto para resolver crises quanto para fortalecer vínculos, prevenir rupturas e aprofundar a intimidade emocional.
Amar exige mais do que sentimento. Exige coragem para olhar para si, disposição para mudar o que machuca e maturidade para construir um “nós” onde antes só havia sobrevivência emocional.
Investir no relacionamento é investir na saúde mental, na qualidade de vida e na construção de vínculos que curam — em vez de repetir dores antigas.



Comentários